O imbróglio da última rodada do Campeonato Brasileiro deve afetar diretamente o início da próxima temporada do São Paulo. Depois de ver o árbitro Wagner Tardelli afastado de sua partida contra o Goiás por conta uma suspeita de tentativa de suborno levantada pelo presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, o time deve deixar de lado a disputa do Campeonato Paulista.Depois do ocorrido, o time do Morumbi anunciou que estava cortando relações com a entidade que rege o futebol paulista e que não conversaria mais com o seu mandatário. Ataíde Gil Guerreiro, representante são-paulino na federação, também já pediu demissão do cargo de vice-presidente da FPF.A diretoria do clube não assume que esse seja o motivo do desdém com o Estadual, mas a fala do presidente do clube é sintomática. "Vamos analisar com calma. Não tenho vontade nenhuma de fazer um campeonato vibrante, vigoroso. Mas ainda vou pensar com calma sobre isso", disse Juvenal Juvêncio de forma desanimada. A explicação oficial é outra: uma mudança de planejamento em relação aos últimos anos.Depois de ser campeão paulista em 2005, o São Paulo colocou força máxima nos três estaduais seguintes, desde a primeira partida, o que não deve acontecer em 2009. A idéia é escalar uma equipe mista em algumas partidas e dar mais chances para jovens jogadores, como aconteceu na disputa da Copa Sul-Americana deste ano."Não tem porque disputarmos esse Paulistinha (sic) com força total. É um campeonato menor e que não nos interessa mais. Acho muito mais importante nesse momento voltarmos as nossas atenções completamente para a Libertadores, que é um campeonato que precisamos voltar a conquistá-lo novamente", explicou Carlos Augusto de Barros e Silva, vice-presidente de futebol do São Paulo.De acordo com o cartola, a estratégia das três últimas temporadas, quando o time acabou eliminado na competição continental, não foi a melhor e por isso o estadual deve servir apenas de "aquecimento" para a meta principal do próximo ano. "Fomos eliminados de uma forma muito ruim das últimas vezes e isso não pode voltar a acontecer.""Não podemos entrar com uma equipe completamente reserva em todo o Campeonato Paulista porque temos compromissos comerciais, com patrocinadores. Mas com certeza não será da mesma forma que dos anos anteriores", completou o dirigente são-paulino.O técnico Muricy Ramalho disse que ainda não recebeu nenhuma instrução da diretoria, mas sabe que se o presidente mandar, ele terá de obedecer. "Temos que levar em consideração o que o Juvenal fala, porque ele é uma pessoa muito ponderada. Mas o time que entrar em campo terá a obrigação de disputar o título, como sempre foi."
Fonte: Uol
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