quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Contratações para 2009 confirmam tendência 'custo zero' no São Paulo

Eduardo Costa, Wagner Diniz, Renato Silva e Washington. Essas são as quatro contratações já confirmadas pelo São Paulo para a temporada 2009 (o último ainda depende de detalhes contratuais e exame médico). Todas sem custo nenhum para a diretoria tricolor. Para trazer os reforços, o time paulista não teve que desembolsar nada para financiar multas rescisórias, tendência que o clube vem adotando há quatro anos.A contratação de Dagoberto, que está perto de completar dois anos com a camisa tricolor, foi a última na qual a equipe do Morumbi aceitou pagar um rival. Mesmo assim a intenção não era pagar o Atlético-PR. Só o fez por imposição judicial para que o jogador fosse liberado. Meses depois, a diretoria tricolor aceitou desembolsar 1,2 milhão de euros para tirar Jorge Wagner do espanhol Betis.Ambos, entretanto, são exceções. Desde o final de 2004, quando o São Paulo montou a base do time tricampeão mundial. Foi assim que chegaram Josué, Danilo, Mineiro, Grafite e outros.Já em 2008 todos os contratados foram "a custo zero" para o São Paulo e, para 2009, o clube parece estar disposto a seguir a mesma tendência. Tanto que, apesar da insistência do técnico Muricy Ramalho, a diretoria se negou a desembolsar os cerca de R$ 6,5 milhões que o River Plate pede para ceder o meia argentino.Apesar disso, o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes nega que esta seja uma das diretrizes que time utiliza na hora de contratar."Não é uma regra. Até porque, não é verdade que o São Paulo não gaste dinheiro em suas contratações. Pode não ter multa, mas sempre tem valores que envolvem luvas e outros detalhes que são pagos aos atletas. Não existe custo zero. Além disso, quando nos interessa, pagamos sim. Foi o caso do Dagobero", disse o dirigente.Porém, fato é que os principais nomes que ainda estão na pauta do São Paulo para reforçar o time de Muricy não exigem pagamento de multa. É o caso do lateral-esquerdo Leandro, que seria emprestado pelo Porto, e de Arouca, que poderia até mesmo ser envolvido em uma troca com Richarlyson para driblar o custo da rescisão. Ambas as negociações, porém, são tratadas com absoluto sigilo dentro do Morumbi"Não sei de nada. O sucesso de nosso trabalho está justamente em guardar segredo sobre as negociações. A única pessoa que sabe de tudo no São Paulo é o presidente Juvenal Juvêncio. Não tratei da negociação de Arouca e não sei de nada sobre uma possível troca relacionada ao Richarlyson. Agora, isso não significa que não exista nada. Pois outro dirigente pode estar tratando", despistou o superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha.Já no caso de Leandro, o empresário do jogador confirma a negociação. "O Palmeiras não demonstrou interesse em contar com ele para o ano que vem. Então, estamos abertos para receber propostas. O Leandro foi procurado por um membro da comissão técnica do São Paulo, mas também tem propostas de Botafogo e Fluminense. Vou sentar com ele e ver o que é melhor. Tenho um acordo com o Porto no qual eles se comprometem a acertar um empréstimo", disse André Cury, que representa o atleta.Outro provável reforço que não custaria nada aos cofres tricolores é o lateral Júnior César, que está deixando o Fluminense. "Sabíamos que ele estava negociando uma transferência para a Alemanha que melou. Temos interesse nele sim, mas ainda nem houve tempo hábil para uma conversa mais profunda", disse o vice-presidente de futebol Carlos Augusto de Barros Silva, o Leco.
Fonte: Uol

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